Quando a casa, que deveria ser um refúgio, vira lugar de medo, estamos falando de violência doméstica. Não é só agressão física; pode ser psicológica, econômica, sexual ou até digital. Esse tipo de abuso acontece em qualquer classe social e afeta principalmente mulheres, mas também homens, crianças e idosos.
O primeiro passo para acabar com esse ciclo é reconhecer os sinais. Se alguém costuma controlar o que você faz, quem são seus amigos, ou te ameaça se expor a críticas, já é um indício de abuso psicológico. Quando o parceiro insiste em saber cada detalhe da sua conta bancária, impede que você trabalhe ou retira o dinheiro sem consultar, estamos diante de violência econômica.
Alguns comportamentos são difíceis de perceber no início, mas ao observar com atenção ficam claros:
Se você percebe algum desses sinais em você ou em alguém próximo, não ignore. Muitas vítimas permanecem caladas por vergonha ou medo de retaliação.
O Brasil tem diversas redes de apoio que funcionam 24 horas. O número da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – ocorre de forma gratuita e anônima. Ao ligar, você receberá orientações sobre como registrar a ocorrência, buscar proteção e acessar serviços de saúde.
Os Delegados de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) recebem denúncias e podem iniciar medidas protetivas rapidamente. Se houver risco imediato, disque 190 ou vá ao Delegado mais próximo.
Além da polícia, clínicas de saúde e hospitais têm equipes capacitadas para atender vítimas de violência doméstica. Elas realizam exames, coletam provas e encaminham ao judiciário.
Organizações não‑governamentais, como a Casa da Mulher Brasileira, oferecem apoio psicológico, jurídico e social. Muitas delas têm salas de acolhimento e programas de reintegração, ajudando a reconstruir a vida fora do ambiente abusivo.
É importante também contar com a rede de apoio familiar e de amigos. Conversar com alguém de confiança pode ser o primeiro passo para sair da situação.
Se você ainda tem dúvidas sobre como agir, anote as evidências (fotos, mensagens, testemunhas) e procure ajuda o quanto antes. Cada caso tem particularidades, mas a maioria das instituições segue protocolos que garantem segurança e privacidade.
Não deixe que o medo impeça a denúncia. A violência doméstica só termina quando a sociedade inteira se mobiliza para proteger as vítimas e responsabilizar os agressores.
Ficar informado, reconhecer sinais e saber onde procurar ajuda são ações simples que podem mudar vidas. Compartilhe esse conteúdo com quem precisa e ajude a quebrar o silêncio que alimenta a violência doméstica.
No domingo, 1º de setembro de 2024, a Polícia Militar do Ceará (PMCE) prendeu em flagrante um homem de 29 anos por violência doméstica contra sua parceira em Viçosa do Ceará. A ação foi resultado de uma denúncia e reforça os esforços da PMCE para combater a violência doméstica e proteger as vítimas.
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