Quando a gente ouve falar em "temperatura histórica", a primeira coisa que vem na cabeça são recordes de calor ou frio que parecem impossível. Mas o que realmente significa esse termo? Basicamente, é a medição de temperaturas que se destacam em relação ao passado, seja como a mais alta, a mais baixa ou uma variação muito rápida. Esses números não são apenas curiosidades; eles ajudam cientistas a entender como o clima está mudando.
Os instrumentos que capturam esses valores são estações meteorológicas, satélites e até sensores instalados em lugares remotos como ilhas e altitudes extremas. Cada estação tem um histórico que pode ter décadas ou até séculos de dados. Quando um novo valor quebra um recorde, os especialistas conferem se o equipamento estava calibrado, se o horário está correto e se não houve falha humana.
Além de equipamentos, a padronização é crucial. Por exemplo, a temperatura do ar costuma ser medida a 2 metros do solo, em uma caixa de ventilação chamada "sonda de temperatura". Para evitar variações indevidas, a medição segue protocolos internacionais criados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Um dos casos mais comentados nos últimos anos foi o calor extremo registrado em São Paulo em 2023, onde a temperatura chegou a 42,6 °C, o maior número já anotado na cidade. Esse recorde trouxe à tona discussões sobre ondas de calor cada vez mais frequentes no Brasil.
Do outro lado do espectro, o frio histórico de 2021 na Antártica, que chegou a -93,2 °C, ainda é lembrado como a temperatura mais baixa já registrada na Terra. Esses dois extremos mostram como o clima pode variar de maneiras drásticas.
Mas não são só os extremos que importam. Mudanças sutis, como um aumento de 1 °C na média anual de uma região, podem indicar tendências de aquecimento que passam despercebidas no dia a dia. Quando se juntam muitos desses pequenos aumentos, o efeito coletivo pode ser significativo.
Para quem acompanha o clima, acompanhar as temperaturas históricas é uma forma de perceber se estamos vivendo uma mudança real ou apenas variações pontuais. Sites de meteorologia costumam publicar gráficos de séries temporais, facilitando a visualização das tendências.
Se você ainda tem dúvidas sobre como interpretar esses dados, a dica é observar o período de comparação. Um recorde de 30 anos atrás pode ter um significado diferente de um registro de 100 anos. Quanto mais longo o histórico, mais confiável a análise.
Em resumo, as temperaturas históricas são mais que números impressionantes; são indicadores que nos ajudam a entender o clima do planeta. Acompanhar esses registros pode mudar a forma como você pensa sobre o futuro do nosso meio‑ambiente.
No dia 13 de agosto de 2024, Florianópolis registrou a temperatura mais baixa em oito anos, quando os termômetros marcaram 2,6°C na estação meteorológica do Capão de Santana. Essa onda de frio trouxe geadas e temperaturas extremas para várias regiões de Santa Catarina, exigindo cuidados especiais dos moradores.
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