Odete Roitman força romance entre Heleninha e Ivan para controlar a filha em 'Vale Tudo'

Odete Roitman força romance entre Heleninha e Ivan para controlar a filha em 'Vale Tudo'
mai 3 2025 Beatriz Oliveira

Manipulação de Odete Roitman muda a vida de Heleninha e Ivan em 'Vale Tudo'

Quando o assunto é controle, ninguém supera Odete Roitman na novela Vale Tudo. A empresária, interpretada por Débora Bloch, levou sua obsessão a outro nível: decidiu que a única saída para os problemas da filha Heleninha (vivida por Paolla Oliveira) seria forçar um namoro com Ivan (Renato Góes), funcionário de sua confiança. Num mundo em que jogos de poder e interesses se misturam com os sentimentos mais frágeis, tudo isso cria um terreno perigoso para todos os envolvidos.

Odete acredita que um homem "bom para casar" pode estabilizar a vida da filha, que luta contra o alcoolismo. Não satisfeita em apenas sugerir, ela arma um jantar em sua mansão, convocando Ivan de surpresa para o encontro. Só que Heleninha percebe a armação da mãe e decide contra-atacar: apaga as luzes para acabar com o clima. O plano sai pela culatra. Na pressa de fugir, ela tropeça diretamente nos braços de Ivan no jardim. A dupla ainda leva um banho não planejado dos irrigadores automáticos — uma cena típica de novela, capaz de arrancar tanto risadas quanto suspiros do público.

Raquel, ciúmes e o começo de uma relação turbulenta

Raquel, ciúmes e o começo de uma relação turbulenta

Depois desse desastre cômico, Heleninha não quer papo, mas a sinceridade de Ivan desperta algo nela. Em uma visita ao seu ateliê, ele se mostra tocado pelas obras dela, elogiando de verdade o talento da artista. Ela baixa a guarda, e ali nasce um clima de cumplicidade. Odete, claro, aproveita a deixa: nomeia Ivan responsável por projetos culturais da família, todos amparados e assinados por Heleninha. O resultado? Os dois não têm como escapar da convivência forçada, e a aproximação vai ficando inevitável.

Só que o triângulo amoroso ganha mais um capítulo: Raquel (Taís Araujo), ex de Ivan, fica mordida de ciúme ao perceber o envolvimento do ex com a filha da patroa. Como toda boa novela da Globo, as emoções se misturam: rivalidade, dependência emocional e uma dose generosa de desconfiança. A trama — que já era explosiva lá na versão original de 1988 — ganha novos ares agora, com a interferência de Odete ainda mais intensa e menos sutil.

A força desse remake está nos detalhes: enquanto na novela antiga o encontro de Ivan e Heleninha buscava ser tocante e transformador, agora a ênfase é no quanto Odete manipula todos ao redor para tentar controlar o destino da filha. O romance que surge entre a artista cheia de conflitos e o funcionário dedicado acaba virando uma montanha-russa, marcada por momentos de paixão, dúvidas, recaídas de Heleninha no alcoolismo e crises conjugais. O público observa, torce, sofre e, claro, espera para ver até onde uma mãe é capaz de ir para modelar a própria família.

17 Comentários

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    fabricio caceres

    maio 4, 2025 AT 13:37
    Essa cena dos irrigadores foi puro cinema. 🤣
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    Pr. Nilson Porcelli

    maio 5, 2025 AT 19:57
    Odete tá agindo como se a filha fosse um projeto de negócios. Isso é abuso emocional disfarçado de amor.

    Quem ama de verdade não manipula, organiza.
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    Paulo Ricardo

    maio 7, 2025 AT 09:10
    A complexidade psicológica dessa trama é fascinante. Odete, ao tentar impor uma solução externa - um homem "adequado" - para resolver um problema interno de saúde mental, revela uma falha estrutural na sua compreensão da autonomia humana. A dinâmica de poder entre mãe e filha, mediada por um funcionário que se torna objeto de desejo e controle, não é apenas dramática; é uma metáfora da sociedade brasileira contemporânea, onde afetos são instrumentalizados por classes, interesses e expectativas sociais. O fato de Heleninha reagir com ironia - apagando as luzes - é um ato de resistência simbólica, mesmo que ela mesma não perceba.
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    maicon amaral

    maio 8, 2025 AT 23:19
    Essa nova versão está operando numa camada de intertextualidade que a original nem sonhava em alcançar. Odete não é mais apenas uma matriarca opressora - ela é um agente de neoliberalismo afetivo. A família como empresa, o amor como KPI, o alcoolismo como risco operacional. Ivan? Um recurso humano de confiança, agora requalificado como "solução terapêutica". O que antes era tragédia familiar, hoje é um case de gestão de crise emocional. E Raquel? A memória residual do capital afetivo que foi desativado. Genial.
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    Myriam Ribeiro

    maio 9, 2025 AT 05:38
    eu só queria que Heleninha tivesse um terapeuta real, não um funcionário que a mãe escolheu...

    isso não é amor, é controle com carinho.
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    Vagner Marques

    maio 9, 2025 AT 13:16
    Odete tá mais manipuladora que um político em ano eleitoral 😂👑
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    nathalia pereira

    maio 10, 2025 AT 08:34
    A verdadeira tragédia não é o romance forçado. É que Heleninha ainda não entendeu que ela merece escolher, mesmo que errado. A mãe quer proteger. Mas proteger não é decidir por alguém. É esperar.
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    João Marcos Rosa

    maio 10, 2025 AT 11:02
    A cena dos irrigadores é, sem dúvida, um marco narrativo: a natureza - imprevisível, caótica, pura - interrompe o planejamento frio de Odete. O acaso, aqui, se torna um ato de resistência. Ivan, ao segurar Heleninha, não está cumprindo uma ordem; ele está, pela primeira vez, reagindo como um ser humano - não como um funcionário. E isso, na estrutura do poder que Odete impôs, é revolucionário. A água que os molha não é apenas da irrigação; é a lavagem simbólica da farsa.
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    Joaci Queiroz

    maio 11, 2025 AT 00:24
    Essa trama é um desastre de escrita. Ivan é um personagem de plástico, Heleninha é uma vítima que não aprende, e Odete é uma caricatura de vilã. Tudo é previsível, exagerado e sem profundidade. A novela insiste em tratar alcoolismo como um problema que pode ser resolvido com um namorado. Isso é perigoso. E ridículo.
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    Dannysofia Silva

    maio 12, 2025 AT 12:15
    Mais uma novela onde a mulher tem que ser salva por um homem. Cadê a autonomia?
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    Vanessa Sophia

    maio 13, 2025 AT 09:57
    Acho que o mais triste é que muita gente acha que isso é amor.

    Na vida real, isso é abuso.
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    João Vitor de Carvalho Corrêa Sá Freire

    maio 13, 2025 AT 12:02
    BRASIL TÁ NA TV!

    ODETE É A MÃE BRASILEIRA QUE NÃO DEIXA A FILHA SER FELIZ PORQUE NÃO É COMO ELA QUER!

    ISSO É NACIONAL! 🇧🇷🔥
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    Letícia Montessi

    maio 15, 2025 AT 11:00
    Vocês não estão vendo o que está acontecendo? Odete está realizando uma violência psicológica estrutural. Ela não está tentando "ajudar" - ela está apagando a identidade de Heleninha. O fato de Ivan ser "bom para casar" é uma construção patriarcal que reforça a ideia de que mulheres precisam de um homem para serem completas. Isso não é romance. É ideologia disfarçada de entretenimento.
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    Emili santos

    maio 15, 2025 AT 13:47
    EU SINTO TANTO PELA HELENINHA...

    ELA NÃO SABE QUE O AMOR NÃO SE IMPÕE...

    EU CHOREI QUANDO ELA CAIU NO JARDIM...

    ISSO É TÃO REAL...

    EU SABE QUE ELA QUER FUGIR...

    MAS TAMBÉM QUER SER AMADA...

    EU NÃO SEI SE VOU AGUENTAR ATÉ O FINAL...
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    Davi Informatica

    maio 17, 2025 AT 06:36
    Vocês perceberam que Ivan não tem nome completo na novela? Ele é só "Ivan".

    Isso não é acaso. Ele é o funcionário, o objeto, o instrumento.

    Odete não vê ele como pessoa.

    E Heleninha? Ela só começa a vê-lo quando ele deixa de ser um "plano" e vira um ser humano.

    Isso é o que a novela quer mostrar: o reconhecimento humano só vem depois da desestruturação do controle.
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    eduardo sena

    maio 17, 2025 AT 12:45
    Se eu fosse Ivan, já tinha pedido demissão. Mas não por medo da Odete. Porque se eu fosse um homem de verdade, eu diria: "Sua filha não é um projeto. Ela é uma mulher. E se ela quiser beber, ela vai beber. Se ela quiser amar, ela vai amar. E eu não vou ser o conserto dela. Vou ser só o que ela precisa no momento."

    Isso que é amor. Não essa dança de marionetes.
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    Jocelie Gutierrez

    maio 19, 2025 AT 06:09
    Acho que essa versão perdeu a elegância da original. O romance de 1988 tinha uma poesia trágica. Agora é só um melodrama de classe média com iluminação de TV paga. E a atuação da Débora Bloch? Excelente, mas exagerada. Ela está tentando ser a nova Dona Flor, mas esqueceu que a essência da personagem está na sutileza - não no teatro.

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