Quem matou Odete Roitman se tornou um dos maiores mistérios da televisão brasileira nos anos 80. 'Vale Tudo', novela exibida pela primeira vez em 1988, provocou comoção nacional ao introduzir o assassinato da icônica personagem Odete Roitman, vivida por Beatriz Segall. O país parou para descobrir quem era o responsável por tamanha façanha.
Originalmente, a trama revelou que Leila, interpretada por Cássia Kis, foi a autora do disparo fatal. A personagem, envolvida em uma trama de vingança e ciúme, achava que estava mirando em Maria de Fátima, que mantinha um caso com seu marido, Marco Aurélio. Para aumentar o suspense, os escritores Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères gravaram cinco finais alternativos, cada um com um assassino diferente, guardando o segredo até o último minuto. Quando a identidade foi revelada no episódio de 6 de janeiro de 1989, a audiência ficou atônita.
O remake programado para estrear em 31 de março de 2025 traz uma nova abordagem para esse clássico. Débora Bloch assumirá o papel de Odete Roitman, enquanto Carolina Dieckmann será Leila. Um elemento interessante é a declaração da autora Manuela Dias, que insinua que o assassino pode não ser o mesmo da versão original. Para criar um crescendo de suspense, ela mantém em sigilo completo a verdadeira identidade do assassino nesta nova versão.
Com o cuidado habitual de atualizar os contextos sociais, o remake trará um olhar fresco sobre a sociedade brasileira contemporânea, sem perder a essência polêmica da trama. Odete ainda será retratada como uma figura intrinsecamente preconceituosa, mas as situações em que se encontra e as interações com outros personagens refletem questões sociais atuais.
Dieckmann revelou que seu objetivo é manter Leila como uma figura ambígua, permitindo que a audiência continue em dúvida, enquanto o enredo se desenvolve em direções inesperadas. Essa nova versão de 'Vale Tudo' promete trazer não apenas nostalgia, mas também reflexões contemporâneas, mantendo a audiência na ponta da cadeira, exatamente como fez há quase quatro décadas.